"O prestígio que teria Di María em terminar onde começou tem uma força muito grande"

"Di María tem de tomar a decisão com a família, como fez Messi", comentou o antigo jogador argentino Mauro Airez.

Apesar do investimento substancial no plantel, os encarnados não alcançaram os resultados esperados, o que gerou descontentamento entre os adeptos e levantou questões sobre a estratégia a adotar para as próximas épocas.

A temporada começou com grande entusiasmo entre os adeptos do Benfica. No entanto, ao longo dos meses, a equipa enfrentou uma série de altos e baixos, culminando numa campanha que ficou muito aquém das expetativas.

A conquista da Supertaça Cândido de Oliveira foi o único título do clube na época, deixando os adeptos encarnados desiludidos e a questionarem as razões por trás do desempenho abaixo do esperado.

Roger Schmidt, o treinador alemão que assumiu o comando técnico do Benfica, foi alvo de críticas ao longo da época devido aos resultados irregulares da equipa.

"O coração chama. O sangue chama, mas a possibilidade de ter uma equipa de segurança não é vida"

Apesar das pressões e pedidos de demissão por parte de alguns adeptos, o presidente do clube, Rui Costa, anunciou a continuidade de Schmidt no comando técnico para a próxima temporada. Esta decisão levanta questões sobre a estratégia do clube e sobre como abordar os desafios futuros.

"Eu acho que estão reunidas as condições para continuar a ser treinador do Benfica, Roger Schmidt vai continuar a ser treinador do Benfica", afirmou Rui Costa, em declarações aos jornalistas.

Com a decisão sobre o técnico germânico tomada, agora um dos pontos de maior interrogação que paira sobre o Benfica é o futuro de Ángel Di María, uma das figuras mais proeminentes do plantel, uma vez que o extremo argentino enfrenta um dilema entre regressar à Argentina e ao Rosario Central ou permanecer na Luz.

Sobre esta difícil decisão, Mauro Airez, antigo jogador do Benfica e compatriota de Di María, partilhou recentemente a sua perspetiva em declarações à 'Bola Branca'.

O ex-jogador argentino admitiu que "o sangue" albiceleste tem peso e que o coração pode estar a puxar por Di María para regressar à sua terra natal.

"O coração chama. O sangue chama. O prestígio que teria Di María em terminar onde começou tem uma força muito grande. Temos muitos jogadores que passaram pela Europa e voltaram, como Zanetti ou Batistuta. Mas acredito que o coração chama", começou por observar.

Contudo, Airez confessou que, caso o extremo das águias lhe pedisse um ajuda para decifrar qual a melhor decisão a tomar, não teria qualquer dúvida em aconselhar Di María a seguir a razão e não o coração.

O ex-jogador, que conta também com passagens por Belenenses, Estrela da Amadora e Estoril Praia, alertou para os desafios e ameaças à segurança que o jogador poderá enfrentar na Argentina, destacando a importância de uma abordagem equilibrada na tomada de decisão.

"Se tivesse de me reger pela insegurança, diria que não. A possibilidade de ter uma equipa de segurança não é vida. Não seria vida não poder disfrutar daquilo que ganhei e andar a ser seguido por seguranças para ter uma vida em condições", alertou o antigo jogador argentino.

"Pessoalmente, não voltaria, mas Di María tem de tomar a decisão com a família, como Messi fez e acabou por escolher ir para a América", rematou Mauro Airez.