"Vítor Bruno? Quando estive no Sporting, o primeiro nome que indicaria seria o dele"

"É um passo normal para a sua carreira e, na minha opinião, vai ser um grandíssimo treinador", observou antigo treinador e dirigente dos leões Augusto Inácio.

Sérgio Conceição, treinador que trouxe inúmeras glórias ao clube portista, pode estar à beira de uma decisão crucial: continuar no comando dos dragões ou abraçar novos desafios.

Enquanto isso, Vítor Bruno, o seu braço direito ao longos destes sete anos ao leme do FC Porto, prepara-se para se 'divorciar' do técnico português assumir o papel de treinador principal.

A permanência de Sérgio Conceição é um desejo natural de muitos adeptos portistas e ainda jogadores, uma vez que manter no comando da equipa quem construiu e conhece a "máquina" será, sem dúvida, uma vantagem significativa para a nova época.

A relação de Conceição com o plantel dos dragões é sólida, o que facilita a continuidade do trabalho sem a necessidade de grandes adaptações. No entanto, a possibilidade da sua saída também é legítima.

"Não há passos arriscados. Há um passo na carreira que tem de ser dado"

Mesmo após uma temporada onde o terceiro lugar foi o destino no campeonato nacional, o seu legado permanece imponente no museu dos dragões, cheio de troféus e memórias vitoriosas.

Se Conceição optar por sair, o FC Porto enfrentará um desafio considerável. A transição para um novo treinador não é apenas uma mudança de liderança; implica a possibilidade de uma reconstrução significativa, especialmente no primeiro ano de mandato do novo presidente.

Entre as especulações, o nome de Vítor Bruno tem ganhado força como potencial sucessor de Sérgio Conceição, e aqueles que conhecem o até então adjunto dos azuis e brancos, como Augusto Inácio, veem esta ascensão com naturalidade.

Em declarações a Bola Branca, Inácio, que trabalhou com Vítor Bruno no Leixões e na Naval, elogiou as suas qualidades e competências, considerando que este passo já deveria ter ocorrido há alguns anos.

"É um passo que já devia ter dado há uns anos. Ele trabalhou comigo no Leixões e na Naval e, na altura, percebi logo as qualidades que tinha, não só na competência, como também no caráter", começou por elogiar o ex-técnico dos leões.

"Ele teve o seu tempo de treinador-adjunto. Vejo isto com naturalidade, é um passo normal para a sua carreira e, na minha opinião, vai ser um grandíssimo treinador", acrescentou Inácio.

O também antigo diretor-geral do emblema leonino, reconheceu a aptidão de Vítor Bruno para assumir a liderança do FC Porto, tendo confidenciado que, quando pertencia à estrutura dos leões, chegou mesmo a indicar o nome do braço-direito de Conceição para assumir o comando do Sporting.

"Quando estive no Sporting até disse que, se um dia houvesse possibilidade ou procura de um treinador, o primeiro nome que indicaria seria o de Vítor Bruno", revelou Inácio.

O experiente treinador português acredita que Vítor Bruno "conhece a casa, aquela gente toda e os jogadores", e por isso está mais que apto para assumir o papel de treinador principal, admitindo que este 'não é um passo arriscado' por parte de Villas-Boas.

"Não há passos arriscados. Há um passo na carreira que tem de ser dado", defendeu o antigo treinador e dirigente leonino.

Vítor Bruno já manifestou o seu desejo de seguir carreira como treinador principal, sem qualquer contradição em relação ao seu papel atual, e através de uma publicação nas redes socias, em jeito de despedida, agradeceu os anos em que esteve na Invicta.

Agora, tudo aponta para que seja Vítor Bruno a comandar as rédeas nesta nova era que se iniciou nos dragões, assumindo assim o lugar daquele que foi o seu treinador principal dos últimos 13 anos. Para Inácio, não existe 'contradição' nesta possibilidade.

"Quando colocou aquele post em que disse 'obrigado, Dragão', a despedir-se, no último ano como adjunto, não se perspetivava nada", comentou.

"Não sei se é FC Porto, Catar, cá em Portugal noutro clube qualquer mas o que é certo é que já tinha assumido que queria assumir uma carreira a solo e, por isso, não há aqui nenhuma contradição", rematou Augusto Inácio.