O internacional turco Orkun Kokçu, contratado pelo Benfica no último mercado de transferências, numa transferência recorde de 25 milhões de euros, encontra-se num momento desafiador no emblema encarnado.
O descontentamento do médio internacional turco surge devido à sua adaptação ao esquema tático imposto pelo treinador Roger Schmidt, segundo avança esta sexta feira o jornal 'Record'.
Ao contrário do seu papel ofensivo no Feyenoord, onde brilhou com 12 golos na época anterior, Kokçu tem sido posicionado de forma mais recuada no meio-campo das águias pelo técnico alemão.
Esta mudança estratégica tem limitado o jogador de 21 anos, que expressa frustração por não conseguir replicar o estilo de jogo que o destacou nos Países Baixos.
No Feyenoord, Kokçu era peça central na posição 10, com liberdade para explorar o ataque e mostrar a sua qualidade nos remates de longa distância.
Contudo, no Benfica, o internacional turco tem sido instado a partilhar a zona intermediária com João Neves, o que restringiu as suas oportunidades de criar ofensivamente.
O ponto de destaque nas críticas de Kokçu reside na diminuição significativa dos remates de longa distância. Nas últimas duas partidas contra Farense e Salzburg, o médio turco teve apenas uma oportunidade para mostrar o seu poderoso remate, uma mudança notável face à sua média de golos impressionante no Feyenoord.
O desconforto de Kokçu é agravado pela sua condição de contratação mais cara na história do futebol português.
Com um custo inicial de 25 milhões de euros e um acréscimo de cinco milhões por objetivos, o médio turco está sob escrutínio, e a sua dificuldade em integrar-se no esquema tático de Schmidt levanta questões sobre a gestão estratégica do plantel pelo treinador alemão.