Na derrota do FC Porto contra o Barcelona, para a segunda jornada da fase de grupos da Champions, a ineficácia em converter oportunidades em golos foi um fator determinante, superando até mesmo os erros cometidos pelo árbitro Anthony Taylor e o médio Romário Baró.
Jorge Amaral, ex-guarda-redes internacional e figura com passagem pelo FC Porto, partilhou a sua perspetiva sobre o jogo realizado no Estádio do Dragão, numa entrevista à Bola Branca, programa da Rádio Renascença.
De acordo com Amaral, enquanto é verdade que Romário Baró cometeu um erro que levou a um golo do Barcelona e que o árbitro falhou em assinalar um penálti claro e uma possível expulsão de Cancelo, foi a ineficácia da equipa de Sérgio Conceição na concretização de oportunidades que acabou por ser o fator mais determinante na derrota portista.
"O Romário Baró está ligado ao golo, que infelizmente ditou o resultado. O árbitro está ligado a um penalti claríssimo e a outra situação que também poderia dar expulsão do Cancelo e tudo poderia mudar se os penaltis são traduzidos em golo. Mas há a ineficácia que, claro, pesa sempre. Digamos que são três itens que estão relacionados, mas a falta de eficácia, a falta de decisão no último passe muitas das vezes, digamos que foi o item mais marcante", começou por dizer o agora comentador desportivo.
O antigo guarda-redes destaca que a reação da equipa de Sérgio Conceição ao erro de Baró foi notável. Mesmo depois de sofrer um golo nos últimos minutos da primeira parte, os jogadores mantiveram a compostura e voltaram a campo com uma atitude positiva e agressiva.
"A um minuto do intervalo, quando a equipa estava bem, com um erro primário de alguém que estava a fazer um jogo extraordinário, podia pesar bastante para o jogador e para a própria equipa, mas acho que foi um tónico bastante grande para uma segunda parte fantástica", acrescentou Amaral.
A derrota contra o Barcelona foi a segunda consecutiva do FC Porto, que também saiu derrotado do clássico contra o eterno rival Benfica, no Estádio da Luz. Jorge Amaral enfatiza a importância de uma reação imediata e positiva do conjunto azul e branco e na próxima jornada da I Liga, contra o Portimonense.
"Acho que o Porto tem que se agarrar a estas duas últimas exibições, sobretudo esta na liga dos campeões, que foi ótima. Há jogadores que estão muito bem – mesmo aqueles que entraram - e que podem fazer a diferença, mais frescos, com uma disponibilidade mental diferente para, no jogo com o Portimonense, ganhar, manter a mudança de ‘chip’, finalizando esta série de jogos complicada com uma vitória", rematou Jorge Amaral.