Rúben Amorim: «Há dois jogadores aqui que são muito pressionados»

“Não entrámos tão bem no jogo, com alguma pressa de meter bola na frente. Tínhamos o jogo controlado, mas estava confuso e, num ressalto, há o penálti e vem a expulsão. Depois, a saída do Coates e o segundo golo tornaram tudo mais complicado. A história do jogo é mais ou menos a mesma de Marselha e agora é seguir em frente.

[Sobre Ricardo Esgaio] O jogador é que já perde alguma confiança. É difícil para ele levar com tanta pressão. Há dois jogadores aqui que são muito pressionados. Tenho confiança máxima no Esgaio. Enquanto eles derem o máximo, terão a proteção do treinador. Quando há um erro, a responsabilidade é minha, porque os meto a jogar.

Esta pressão sobre o Esgaio, seja justa ou injusta, não começou com as más exibições do Esgaio, começou logo desde que chegou do Sporting de Braga. O que o Esgaio tem de fazer é trabalhar e deixar o resto para mim. Irá jogar quando tiver de jogar e, enquanto o puder proteger, vou protegê-lo. A responsabilidade é minha. Enquanto eu estiver aqui, o Esgaio pode estar tranquilo. Não está num bom momento e, se calhar, as críticas são justas, mas a pressão começou desde o início. Está num momento muito difícil, tem cometido alguns erros e os jogadores têm de encarar as críticas com naturalidade, sabendo que é difícil.

Já sabíamos que o grupo era muito equilibrado e complicado. O objetivo é vencer os próximos dois jogos. Nada muda e sabemos a responsabilidade que temos.

É impossível uma equipa sofrer tantos golos e ter erros individuais e o responsável não ser o treinador. Temos de trabalhar esses erros. Ainda estamos na corrida pelo apuramento e, no campeonato, começámos mal e temos de ir atrás. Sei que esta equipa pode dar a volta, vamos dar a volta e eu vou fazer o meu trabalho, que é tentar resolver os problemas”.