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O Paços de Ferreira apurou-se hoje para as meias-finais da Taça de Portugal em futebol, feito que alcança pela segunda vez na sua história, ao derrotar a Naval num jogo emocionante e com oito golos (5-3).
Os ''castores'', justos vencedores da partida, igualaram o feito alcançado em 2002/03 (acabaram depois derrotados por 1-0 com o Leiria, com um golo de Bilro no último minuto) e repetiram o triunfo de Novembro sobre a Naval (2-1 na oitava jornada da Liga).
Já os navalistas quedaram-se, pelo segundo ano consecutivo, nesta fase da prova, sem poder repetir as meias-finais de 2002/03, na altura quando estavam na Liga de Honra, para as quais se apuraram após vitória em Alvalade frente ao Sporting.
A polémica hora do jogo (15:00) teve somente reflexos no número de espectadores, menos de um milhar, enquanto a chuva constante, que deixou o relvado em mau estado, ''traiu'' algumas vezes os jogadores, mas não tirou emoção ao jogo, que constituiu um hino ao espírito da Taça.
Os golos surgiram cedo e, logo ao minuto quatro, Kelly, em acção ofensiva, centrou da esquerda para a área da Naval, onde Rui Miguel, na posição do ponta-de-lança, bateu Peiser.
A Naval respondeu ao minuto 10 por Marinho, que beneficiou da desatenção defensiva dos ''castores'' e de um desvio infeliz de Pedrinha para entrar na área e bater Cássio, repetindo os festejos no minuto 22.
Aos 18 minutos, Pedrinha, na cobrança de uma grande penalidade, a castigar falta de Carlitos sobre Cristiano, recolocou os ''castores'' na frente do resultado, mas, quatro minutos depois, em lance praticamente semelhante ao do seu primeiro tento, Marinho restabeleceu a igualdade.
Cristiano, defesa brasileiro que é usado ultimamente no meio-campo, foi decisivo nos terceiro e quarto golos do Paços de Ferreira (28 e 30 minutos), ao cobrar da esquerda, e praticamente no mesmo local, os livres desviados por Ricardo, primeiro, e Paulão (na própria baliza).
A Naval ainda reduziu e reentrou no jogo já nos descontos do primeiro tempo, com um golo de Dudu, em campo desde o minuto 38, através de um remate colocado da esquerda, desferido fora da área.
As pretensões navalistas sofreram novo e decisivo revés no início da segunda parte (minuto 51), com o segundo golo no jogo de Rui Miguel - outra grande exibição -, o melhor da tarde, através de um ''chapéu'' de belo efeito à entrada da área.
Até final, os ''castores'' voltaram a estar mais perto do golo em dois lances protagonizados por Cristiano, enquanto a Naval, sem nunca virar a cara à luta, também podia ter marcado.
